segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
É Carnaval.....
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Valentines's Day
Não sou dado a grandes demonstrações de afecto. Prefiro partilhar normalmente, dia-a-dia, do que entrar em absurdas competições com o vizinho a ver qual suplanta qual não grandiosidade da demonstração simbólica! Este ano, como o outro e como o outro ainda, ñ tenho objecto que motive tristes competições, menos mal, olhando pela positiva não tenho que gastar dinheiro, não tenho que andar atrás das modas nem dos locais certos para perante a dita sociedade que importa, afirmar e mostrar a minha pertença. Não há paciência para os olhos cravejados de lágrimas pela triste rosa vermelha que por cultivada industrialmente nem cheiro deita. Não há paciência para casais de meia-idade, espalhafatosos, de urso de peluche gigantesco ao ombro e estridentes ruídos como que impondo a ainda sua juventude e mostrar que se toleram. Não há paciência para inúteis adolescentes, sem forma nem acção de gente, crescidos de mais para ficar em casa a brincar, novos também para perceberem o que é um compromisso. Incomodam, aos grupos dividindo os afectos e a estupidez própria da idade, não sabem o que fazem, não sentem o que apregoam, rumam na maré do consumismo que nos moldou as ideias e enche o raciocino quando nestas estratégicas alturas reaparecem.
Este ano, mais um, não assiná-lo o dia dos namorados, não faz mal, menos incómodo, não tenho paciência nem forma de estar em tais celebrações. Aborrece-me seriamente, não tenho jeito, prefiro o imediato, a demonstração certa e segura, cíclica nos dias e nos momentos, não uma data estúpida, em que toda agente, guiada como animais, festeja porque alguém lhes diz para festejar, assiná-la por que alguém lhes disse para assinalar, lembra-se de amar porque parece que toda a gente também, neste dia, parece querer amar!
Toino/10
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Uma mensagem/aviso em forma de escultura.
Uma mensagem/aviso em forma de escultura. Cemitério Municipal de Beja. Escultura da autoria de António M. Rato e F.os – c.1881/82
FALLECIDO A 12 DEMARÇO DE 1881
MANDOU ERIGIR ESTE MONUMENTO
EM TESTEMUNHO DE GRATIDÃO
PELO SEU PARTICULAR AMIGO
VISCONDE DA BÔA VISTA
Alegoria à inevitabilidade da morte. Representação do Santo Lenho sobre as Rochas, local da crucificação e morte de Cristo. O Livro aberto a anunciar o FIM, escrito nas páginas da vida. A Ampulheta, esse incessante passar do tempo que culmina na morte física do corpo (Caveira). O Mocho, sobre as rochas, símbolo da sabedoria, da percepção que possibilita uma visão total das coisas, do consciente e do inconsciente. O transportador de maus agouros e/ou o final sentenciador da condição humana. A derradeira representação simbólica do Juiz/sentenciador do natural e inevitável termo da vida humana.
Toino/10